Bicampeão olímpico se queixa de sujeira que causou acidente com velejadores
Via: O Globo
Cenário olímpico, o Rio está longe do pódio no aspecto da despoluição da Baía de Guanabara para os Jogos. Nisto, a cidade ficaria distante das medalhas, emperrada no lixo que causou o acidente com o barco 49er de Breno Osthoff e Rafael de Almeida Sampaio, no dia 14 de fevereiro, como mostrou nesta terça-feira o vídeo exibido no site do GLOBO.
Durante treino em uma das raias da Baía de Guanabara, os velejadores são jogados ao mar após o barco adernar ao se chocar em uma caixa de plástico.
— Quem frequenta vê que a Baía de Guanabara é um lixo, literalmente — enfatizou. — A taxa de despoluição de 80% (prevista pelo governo do Estado) é utópica.
Ele lembrou que o Rio ganhara o direito de sediar os Jogos em 2009, e nada foi feito.
— O que nos leva a crer que farão algo em um ano? — argumentou Torben. — O lixo flutuante é vergonhoso e, dependendo da velocidade da embarcação, pode até causar seu afundamento. O mais grave e o mais fácil de corrigir para a Rio-2016 é o lixo flutuante.
PLANO DE EMERGÊNCIA
Ouro em 2007 no Mundial de RS:X, Ricardo Winicki, o Bimba, contou que no carnaval houve um acidente quando ele treinava na Baía com estrangeiros.
— Havia tanto lixo que as pranchas não aceleravam. Um deles travou num tronco de madeira e caiu de costas.
— Em todas as velejadas, nos últimos dois anos, colido com algum tipo de lixo, de saco plástico a grandes pedaços de madeira. Infelizmente, essa é a nossa raia olímpica.
A Secretaria de Estado do Ambiente informou que prepara um plano de emergência para o evento-teste de vela, em agosto. Já a Confederação Brasileira de Vela e o Comitê Rio-2016 reiteraram que acompanham o trabalho do governo do Estado e que creem que a baía estará em condições para a Rio-2016.